VW APRESENTA A T7, A “KOMBI DE LUXO”

Foi apresentada na Europa este mês a Volkswagen Multivan T7, van destinada a assumir a posição que um dia pertenceu à Kombi – icônico utilitário produzido no Brasil entre 1957 e 2013 e, ainda hoje, um dos veículos mais populares em nosso País. Nova geração terá uma versão híbrida plug-in e preço inicial estimado em 50 mil euros (aproximadamente R$ 300 mil). 

É muito difícil se encontrar um brasileiro, com mais de – digamos – 25 anos de idade, que nunca tenha andado em uma Kombi. E impossível encontrar outro que, minimamente interessado em carros, não conheça o modelo, pelo menos de vista.  

Mas, enquanto em nosso mercado o carro atravessou seus 56 anos de vida com relativamente poucas alterações, lá fora, evoluiu muito, especialmente a partir dos anos 1970.  

Atualmente, na Europa, a herdeira da Kombi se chama T6.1 (o T é de Transporter), e é vendida em diferentes configurações, para carga e passageiros – picape, furgão e van, entre essas, a Califórnia, a preferida pelos adeptos do camping. 

Segundo a VW, mesmo depois que a nova Multivan chegar às lojas, a T6.1 vai continuar sendo produzida, com foco em uso comercial – seu preço é mais baixo (e competitivo) que o da futura irmã caçula, com versões furgão a partir de cerca de 23 mil euros. 

Nova plataforma, novo portfólio 

Os motivos para essa diferença de preço começam na plataforma. A da versão atual já é usada há pelo menos 10 anos, enquanto da nova T7 é a MBQ, criada mais recentemente para a nova geração de modelos da marca. E, claro, continuam no custo das novas tecnologias que serão embarcadas. 

O plano é que, já no primeiro semestre de 2023, a VW passe a ter três diferentes “Kombis” em seu portfólio: a nova Multivan T7 (em versões para passageiros), a antiga T6.1 (para o trabalho) e a ID.BUZZ, modelo totalmente elétrico que também homenageia as linhas originais do “pão de forma” clássico. 

A Multivan T7 estará disponível inicialmente apenas com tração dianteira. Os motores serão um 1.5 TSI (turbo) de 136 cv de potência, o “nosso” conhecido 2.0 TSI, com 204 cv e ainda um 2.0 diesel TDI, de 150 cv. Todas as versões serão equipadas com câmbio de dupla embreagem DSG com sete marchas. 

Para um pouco mais adiante, é tido como certo o lançamento também de uma nova versão do utilitário, com tração nas quatro rodas (4Motion), provavelmente a diesel. 

A grande novidade, no entanto, é a versão híbrida plug-in (que pode ser ter suas baterias carregadas em uma tomada). Ela contará com um motor 1.4 TSI de 150 cv e outro elétrico, com potência equivalente a 115 cv, chegando aos 215 cv de potência combinada.  

Recursos de carro moderno 

Por dentro, a T7 está mais para um confortável veículo de passageiros que para um “operário padrão”. O painel segue o padrão da atual linha Volkswagen, com informações configuráveis em uma tela digital (TFT). Curiosamente, os comandos do câmbio não estão em uma alavanca, no console, mas em botões, no painel. 

Há uma grande tela sensível ao toque para a central de multimídia, por meio da qual também é possível controlar algumas funções do carro e, claro, a conectividade com smartphones e serviços disponíveis pela internet. Além disso, há detalhes moderninhos, como frisos de led azul destacando o desenho de painéis e portas. 

O sistema de ar-condicionado é do tipo “multizone”, com saídas e regulagens específicas para as diferentes partes e fileiras de bancos do carro. E todos os recursos tecnológicos de segurança presentes nos atuais modelos da VW – como assistente de faixa, controle automático de distância, faróis em LED que evitam o ofuscamento etc. – estão lá também. 

Entre os opcionais, há teto solar panorâmico e som Harman Kardon de 640w, com 14 alto-falantes. 

Sala de visitas sobre rodas

O que mais chama a atenção no interior da van, porém, é sua flexibilidade, voltada para o uso e conforto dos ocupantes – motorista e seis passageiros. Os dois bancos da fileira intermediária, por exemplo, podem ser girados para os lados e para trás.  

No espaço central, há um corredor, que permite que se troque de lugar entre as três fileiras. Nesse mesmo corredor, é possível montar uma pequena mesa escamoteável, que pode atender tanto aos bancos do meio quanto os de trás, transformando o espaço em uma sala para trabalho ou lazer. 

A certa altura, no começo deste século, chegou-se a cogitar a produção de vans da Volkswagen na fábrica de caminhões da empresa em Resende, RJ. A Transporter, no entanto, só veio para cá importada, e assim mesmo por pouco tempo.  

Por enquanto, não há previsão, nem para a importação nem para a produção desses veículos por aqui – assim como tampouco para os EUA. Ao que parece, essa “nova Kombi” será restrita à Europa, com valor inicial estimado em cerca de 50 mil euros.  

Fonte: Icarros

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